Arriei meu burro preto que tinha o nome de cigano Eu sai cortando estrada, de madrugada fazendo plano Eu já tinha combinado para ir roubar a filha de um goiano Levei meu trinta na cinta, do cabo branco e um palmo de cano ♪ O goiano era um perigo que dava medo a toda gente Não injeitava a parada e era mesmo um homem valente Não tinha medo de nada, até parecia ser uma serpente Eu tinha toda certeza que seria mesmo um tempo quente ♪ Eu cheguei na casa dela de madrugada, estava garoando Ela beijou sorrindo, de alegria estava chorando Joguei meu bem na garupa, com aquela flor voltei galopando A gente da minha casa preocupada estava me esperando ♪ O goiano quando soube bateu em cima me procurando Trazendo uma baita lapiana e pela estrada vinha riscando Logo vieram avisar para ter cuidado com o tal goiano Que vinha que nem boi brabo, até a sua sombra vinha insultando ♪ Quando avistei o goiano eu fiquei firme na minha defesa Ele parou em minha frente e até tremia de tanta braveza Chegou bem perto de mim e foi falando com delicadeza Eu acho melhor assim, casando fugido menor a despesa