Em uma cidade do interior Um boiadeiro ricaço vivia A sua vida era sempre viajando Comprava boiada e também vendia De saída pra uma viagem Despediu e abraçou a família Ele disse pra esposa querida Esta viagem é comprida, não sei quantos dias ♪ Quando a tarde já ia morrendo E que o negrume da noite descia A mulher já estava jantando Quando ouviu alguém que na porta batia Era um peão empoeirado Que abrigo pra ela pedia Sua besta já estava cansada E romper nas estrada ela não resistia ♪ Explicou que ela estava sozinha Por esse motivo, aceitar não podia Ele disse: eu sou de confiança Dou minha palavra como garantia Passo a noite aqui mesmo, na sala Nesta minha baldrana macia A senhora fique sossegada Pois eu vivo na estrada, mas tenho família ♪ Porém os gatunos desta região Bolaram um assalto durante o dia Chegaram à noite, arrombaram o telhado Bem na direção onde o peão dormia O peão passou a mão no seu laço Manejou com muita maestria Um por um, foi deixando amarrado E levou arrastado pra delegacia ♪ Delegado abriu a gaveta E puxou um álbum de fotografia Ficou constatado, através do fichário Diversos assaltos daquela quadrilha O peão disse assim para eles Vão ficar em boa companhia Me desculpe ter lhe incomodado Senhor delegado, até um outro dia