Laroyê bará Abra o caminho dos passos Abra o caminho do olhar Abra caminho tranquilo pra eu passar Laroyê legbá Tomba o mal de joelhos Só levantando o ogó Dobra a força dos braços que eu vou só Laroyê eleguá Guarda ilê, onã, orum Coba xirê deste funfum Cuida de mim que eu vou pra te saudar Que eu vou pra te saudar Muros de concreto infeto De pedra, cal, cimento e dejeto Aponta pra cabeça, ori A cidade, um cronista, ogi E a dobra do dorso do operário na rua Labirinto, fauna, sombra, luz da lua Aço, peito, flecha, caminho Magma, lava, inveja, vizinho Posto de saúde dos anos 80 A.S., benzetacil, cibalena Vida real dessa filosofia Máquinas comem você, meio dia O ponteiro, o relógio, a corrida pro pódio A estética do mal no terror psicológico Espelho, perdão, lâmina, credo Ocupar essa praça, honesto A favela aguarda atenta ao revide Manifesto vira piada, declive Corrida clichê desagradável, pai Fetiche de playboy é colar com Barrabás Todos os dias na biqueira alguém vai Pra deixar um pouco mais a alma em stand by O que faremos, então? Sem provocar alarde Sepulcro mediano, me mate nessa tarde Beberemos Nesta água Nicodemos Oremos Pois vamos suar veneno Laroyê bará Abra o caminho dos passos Abra o caminho do olhar Abra caminho tranquilo pra eu passar Laroyê legbá Tomba o mal de joelhos Só levantando o ogó Dobra a força dos braços que eu vou só