De dia, de tarde, de noite, manhã Alguma febre De barro, de ferro, de leite, de lã Alguma febre Não vá perder a mão Tristinha, quando você melhora? Não vá tentar falar com Deus Porque ele já te esqueceu Deus, a costela, a cobra, maçã Alguma febre Nas pontas, nos copos, nos chás de hortelã Alguma febre Canta uma canção de dor pro teu metro quadrado De um jeito de quem fala do além, enfeitiçado Canta o desejo de uma faca no armário E a vingança de uma casca de laranja enrolada no varal De dia, de tarde, de noite, manhã Alguma febre De barro, de ferro, de leite, de lã Tristinha, quando você melhora?