Mar de mágoas sem marés Onde não há sinal de qualquer porto De lés a lés o céu é cor de cinza E o mundo desconforto No quadrante deste mar que vai rasgando Horizontes sempre iguais à minha frente Há um sonho agonizando Lentamente, tristemente Mãos e braços para quê? E para quê os meus cinco sentidos? Se a gente não se abraça E não se vê, ambos perdidos Nau da vida que me leva Naufragando em mar de treva Com meus sonhos de menina Triste sina Pelas rochas se quebrou E se perdeu a onda deste sonho Depois ficou uma franja de espuma A desfazer-se em bruma No meu jeito de sorrir ficou vincada A tristeza de por ti não ser beijada Meu senhor de todo sempre Sendo tudo, não és nada Mãos e braços para quê? E para quê os meus cinco sentidos? Se a gente não se abraça E não se vê, ambos perdidos Nau da vida que me leva Naufragando em mar de treva Com meus sonhos de menina Triste sina ♪ Nau da vida que me leva Naufragando em mar de treva Com meus sonhos de menina Triste sina