Às vezes olho as luzes da cidade Mas não consigo dar um passo em frente Há dias em que é tanta a claridade Que a gente fica cega de repente Há dias em que é tanta a claridade Que a gente fica cega de repente Nos becos mais sombrios e mais escuros Consigo ver a alma das pessoas Correndo ruas e galgando muros É que eu descubro haver tantas Lisboas Correndo ruas e galgando muros É que eu descubro haver tantas Lisboas ♪ Existe uma cidade em cada esquina E cada esquina guarda algum segredo Quem o desvenda sabe ler-lhe a sina Quem não o faz sujeita-se ao degredo Quem o desvenda sabe ler-lhe a sina Quem não o faz sujeita-se ao degredo São tantas as Lisboas, só um Tejo O rio que é quase um mar quando aqui chega São tantas que eu às vezes nem as vejo Pois, quando há luz demais a gente cega São tantas que eu às vezes nem as vejo Pois, quando há luz demais a gente cega