Lá vem o malandro descendo a ladeira Bailando no passo a sua maneira Pra não haver embaraço Banho de aroeira No linho e no traço, terno de primeira Sapato envocado, gravata grená, Um lenço bordado, chapéu Panamá. No canto da boca cigarro de palha Rei da madrugada Não esquece a navalha Se a cana é da boa, nunca se atrapalha Ô Zé, vem gingando da lagoa Malandro que e malandro Vem curtindo na canoa Amores no peito, amantes da rua As marcas no leito, boas aventuras Impondo respeito nos becos e ruas. Não é de intriga mas não foge da briga Se vem qualquer Zé Mané de firula Seu nome é Pilintra Num golpe de ginga ninguém lhe segura Salve Seu Zé, com luz de Aruanda Ô, Seu Zé, atenda as demandas Desse povo sofrido aqui dessas bandas Ô Seu Zé, ilumine o meu samba!