Seu Malte, um velho pé de cevada, morava na plantação Com o sol e o vento em seus cabelos, bebendo a água do chão Um dia, três fazendeiros - não se sabe bem o porquê Falaram pra quem quisesse ouvir: Seu Malte deve morrer! (La La La Lalarilirer... Seu Malte deve morrer!) Eu soube naquele instante que em breve seria o meu fim Um homem com uma foice medonha se aproximou de mim Parecia a própria morte, golpeou sem hesitar E cortou-me bem ao meio - não tive tempo de suplicar! (La La La Lalarilirar... Não tive tempo de suplicar!) Depois me amarraram, como se faz com um ladrão Com um garfo bem afiado, me atravessaram o coração Em uma carroça sinistra, me empilharam com meus iguais Eu nem imaginava, eu sofreria muito mais (La La La Lalarilirais... Eu sofreria muito mais!) Partiram-me todos os ossos, me fazendo, assim, chorar E como se não bastasse, tentaram me afogar Em um forno me secaram, no moinho virei farelo Eu lembrei com tristeza de quando eu era um pé de cevada amarelo (La La La Lalarililelo... Eu era um pé de cevada amarelo!) Foi numa panela quente que minha doçura se acabou Com tanto sofrimento, eu me enchi de amargor Me prenderam em garrafas, me fecharam em barris E assim chegava ao fim a minha história infeliz (La La La Lalarililiz... A minha história infeliz) Seu Malte é um cara engraçado que faz toda a gente rir E todos se lembram dele quando querem se divertir Mas os bêbados, vagabundos, eles não têm coração Eles me bebem o dia inteiro e depois eles ficam rolando no chão (La La La Lalarilirão... Depois eles ficam rolando no chão...) Seu Malte, um velho pé de cevada, morava na plantação Com o sol e o vento em seus cabelos, bebendo a água do chão Mas depois de ouvir a história você já sabe o que aconteceu Para a alegria de toda a gente, Seu Malte enfim morreu (La La La Lalarilireu... Seu Malte enfim morreu!) (La La La Lalarilireu... Seu Malte enfim morreu!)