Quem foi que disse Que normalidade é questão de consenso? Que a diversidade faz parte da união? Que Berenice é dona do seu próprio corpo? E que Geraldo pode usar roupa de patrão? Mata o moleque preto e pobre da favela, por favor E deixa vivo o branco Que escorre o branco do nariz Pra que ampliar se eu já entendo o suficiente? Minto porque a mentira faz parte da gente Quem reza não peca, é uma lógica muito válida Não mata a semente do presente Porque é vida do futuro Mas corta o pescoço do bandido que assalta Tá em alta, eu vi Ah, tava escrito num site desconhecido ali Tua veste te define sim, não pode se vestir assim Tira a filosofia e a sociologia, não me valem de nada Filósofos críticos que maduram o pensamento É demais pra nossa capacitação Nossa capacitação O que é e o que está, tá muito bom Não preciso ser mais que a zona tá doce, não gosto de limão Então, pinta o verde de cinza Proíbe a planta de se propagar Aqui só se bebe e fuma cigarro Porque mata mas vende Então mata a mata que não rende pro sistema continuar Ecologia pra quê, Se eu já sei plantar vacas e bois? Bebo refrigerante Água não é instigante Um copinho basta e saúde pra depois Afinal, os hospitais não vão cuidar tão bem de mim Deixe o meu corpo pra lá, amanhã tenho que trabalhar Morreu mais um, dois, três, quatro Apertei confirma e elegi um número Menor dos que morreram no sábado Tudo bem Minha área de comodidade Não grito por liberdade Não sou ninguém E é mais fácil não ser também É mais difícil ter voz, por isso busco conforto no além Aqui na Terra o paraíso é utópico Quem sabe em outro plano, amém Amém