Quem diria que pra continuar o mesmo Quem diria que pra continuar o mesmo É preciso mudar Quem diria que pra continuar o mesmo Quem diria que pra continuar o mesmo É preciso mudar Sozinha naquele barzinho E uma coxinha a degustar Patty com sua firmeza Verde amarela no olhar Chico que só se encantava Pelo oposto complementar Sentiu que naquele domingo 13, não teria azar Ele de olhos vermelhos Vive assim fora do eixo Deu Bom Dia Companheira E a direita foi no queixo Golpeado sem defesa Pela revolucionária global Acusado de rebelde a favor Esquerda festiva e rockeiro estatal O juiz era o destino E a luta começava Ela grita: Vai pra Cuba Era o gongo que soava Do lado esquerdo do ringue Chico diz: Não vai ter golpe E antes de gritar: Fascista! Desce os olhos pro decote De repente na memória Vem os dois do mesmo lado Tentando virar a história Lutando por 20 centavos Naquele dois mil e treze Na esquina do Odeon Foi que aconteceu a cena Entre a barba e o batom O gosto do primeiro beijo Misturado ao cheiro de gás Pimenta nos olhos de todos Até dos policiais Cada qual correu pra um lado E não se viam desde então O país foi divergindo Dividiu-se uma nação O encontro não escondia O desejo reprimido Ela salivava, ele cuspia E aumentavam a libido A vontade de pular o muro Fez da trégua uma proposta Esconderam as bandeiras Em trincheiras tão opostas Depois da tarde incrível Ela liga a televisão Que situação terrivel Trouxe a volta da razão Chico se despede No estilo paz e amor Patty no seu ódio Diz que nunca o perdoou Nem namoro, nem romance Nem um filho pra criar Nem Havana nem Miami Nem saudade nem se dar Outras vezes se encontraram Mas fingiram não se ver Ela foi morar com Sarah Ele virou Sommelier Cada um fez o contrário Do que amava defender Enquanto uns saem do armário Outros babam por poder (Macacko/Emerson Leal/Leo Lichote)