Sinto falta de uma arte de verdade Que os faça esquecer da própria realidade Como um cantor sem voz Um dançarino sem pernas A morte vem pra todos nós Mas a arte nela é eterna Nos campos de Ionia surgindo boatos Sobre o Demônio Dourado Por esse padrão buscam o responsável Confundem com assassinato Não reconheceriam a arte de verdade Por isso os transformo nela Enxergam como algo ruim Mas eu vejo ela tão bela Sinto o êxtase no momento antes de cada disparo (um) Com essa máscara que esconde meus defeitos e os meus fracassos (dois) Morra como um humano, e na arte sempre irá viver (três) No massacre desabrochamos como uma flor no amanhecer (quatro) "O Espetáculo nunca para" PERFEIÇÃO Cada um dos quatro atos Uma bala em quatro alvos Serão quatro espetáculos Quatro rosas, e um maestro no palco Eu farei com que eles dancem Da forma que me convém Não passam de marionetes Pro espetáculo que vem Se movem como eu quero Conforme a banda toca Sua morte sou quem orquestro E ela não é agora Tentaram me censurar Mas de nada adianta Alguém vai enxergar A beleza na matança Acharam que eu sou um demônio Um psicopata ou algo assim Mas eu não passo de um artista Que enxerga arte até depois do fim Eu juro que toda performance será minha última O problema é que a morte ilumina meus olhos de forma tão pura Mas o valor dessa arte se encontra nos olhos de quem a contempla Eu enxergo arte na morte, essa é a minha natureza Nunca irão entender o que tem na mente de um virtuoso (um) O maior instrumento que nós temos é nosso próprio corpo (dois) Morra como um humano, e na arte sempre irá viver (três) No massacre desabrochamos como uma flor no amanhecer (quatro) PERFEIÇÃO Cada um dos quatro atos Uma bala em quatro alvos Serão quatro espetáculos Quatro rosas, e um maestro no palco