Escuro sufocante, silêncio, confusão mental (Por que ela está assim?) Frio corta a pele feito faca E mesmo estando em casa Sente que a paz se foi dali Ao fundo ouve vozes, correrias, carros Luzes coloridas dançam através da janela No tapete a vê deitada, sempre bela Seu nome vem à mente, a voz não sai Gritos! Gritos! Sofrimento como esse pro inquilino era novidade Vivenciar um quadro de desolação Sem forças cai exausto Outros correm apressados Dois sacos pretos e uma faixa amarela (Não!) Por que não falam comigo? Por que não ouço minha voz? Insanidade, estado catatônico Telefone toca Gritos de revolta do lado de fora O caos explode quando vê a si mesmo no chão Gritos! Gritos! (Revolta!) Não aceita a nova condição Como aceitar o que não pode entender? A cada dia mais perdido está o inquilino (Se ao menos eu não estivesse sozinho) Condenado, sem saber se é culpado Cercado por paredes que o deixam enclausurado Juntando as peças pouco a pouco (Dia após dia) Perguntas sem resposta numa sala fria Por que estou aqui e ela não? Por que meu sangue gela quando tento cruzar o portão? Vento sopra na varanda enquanto uma alma chora Despreparo gera desalento e (solidão) Jogado numa armadilha que se mostrou fatal Antes homem agora espectro O que pra ele era sem nexo segue clareando Só uma questão resiste (O que aconteceu com ela?) A resposta não volta Em tudo isso o verdadeiro amor persiste Obter a verdade o inquilino não desiste Em tudo o verdadeiro amor persiste Quem sou? Quem sou?