É xirê, é xirê, kolofé, saravá Quem manda na aldeia é meu orixá Barroca, nosso caso de amor A faculdade do samba chegou Negra, a cor de quem sofreu a injustiça A fé quebrou a crueldade das correntes Filho d'yemanjá e oxalá Oxóssi caçador se faz presente Laroyê, os caminhos vão se abrir Da lágrima que corre um santo a surgir Os segredos vão se revelar Vem da jurema, natureza imponente Das mãos de ogum o seu ofá Logun-edé espalhou a sua herança Nos ventos de yansã a esperança Ê, caboclo ê Dono da mata à luz do luar Caboclo ê, odé odé Dono da mata, rei de ketu ele é Salve a sabedoria A força emana a nossa raiz Legado de humanidade Da tua vontade eu sou aprendiz Então, no dia vinte de janeiro Ao celebrar meu padroeiro Oferendas vou levar Barroca, segue a madrinha em sua procissão Vestida em verde e rosa Cantando forte em devoção Do samba, a flecha certeira Iluminando meu caminho especial Eu bato o tambor, okê okê arô