No meu jardim botânico, eu cultivo alecrim O odor que exala tem essência de jasmim Floresce e perfuma o ar, serve pra fazer chá Como se fosse beladona, cogumelo, melanina Alecrim ou erva-doce, daninha que cultiva Orquídea dos prazeres, regada a saliva Tem sabor do néctar, avermelha o olho Seu verde é mais bonito que o ipê roxo Margarida, tulipa, liatriz, manga rosa Cravo e canela, vitória-régia da minha flora Samambaia que vem do pé, acuática Girassol que gira o mundo, planta mágica Violeta, hortência, que pra muitos é demência Para os não-sábio, causa abstinência Pode ser a cura, pode ser remédio Alecrim é um pomar de solução para o seu tédio Quero um buquê verde ou de galhos secos Do trevo de cinco folhas que deixa a menina dos olhos vermelhos A pupila abaixa, uma sensação de paz contigo Flutuando em meio aos campos floridos Marupuana que excita, minha floresta nativa Algas do meu bosque, não é planta movediça Esse alecrim que me refiro é da maconha Droga não, considerado como planta Alecrim, alecrim dourado Que nasceu no campo sem ser semeado Pelos índios, foi cultivado E hoje se tornou o meu baseado Alecrim, alecrim dourado Que nasceu no campo sem ser semeado Pelos índios foi cultivado E hoje se tornou meu baseado