Aquela risada ingênua de uma criança Que ainda ri pelos cantos sem ter porquê Aquele jardim de beija-flores e histórias não volta atrás Eu sigo trazendo em mim as marcas do tempo Ai, saudade, eu me lembro Aquela estrada de terra cheirando molhado Aquele açude de barro atrás do pomar Aquele perfume doce da dama da noite não se acabou Eu sigo trazendo em mim as marcas do tempo Ai, saudade, eu me lembro E sigo cantando assim O canto de uma aprendiz Que vive a confabular sobre as incertezas A vida é mesmo este ciclo De finais e recomeços Pra ser feliz é preciso abraçar o medo Aquela vontade de ir pra nunca mais voltar Aquela lágrima que vem sem pedir licença Aquelas tardes de paz, das quais não me esqueço jamais Eu sigo trazendo em mim as marcas do tempo Ai, saudade, eu me lembro