Kizomba, "Festa da Raça" (G.R.E.S Unidos de Vila Isabel) Vem a Lua de Luanda Para iluminar a rua Nossa sede é nossa sede De que o Apartheid Se destrua... Valeu! Valeu Zumbi O grito forte dos Palmares Que correu terras, céus e mares Influenciando a Abolição Zumbi valeu Hoje a Vila é Kizomba É batuque, canto e dança Jongo e Maracatu Vem, menininha, pra dançar no Caxambu! Vem, menininha, pra dançar no Caxambu! Ô ô nega mina Anastácia não se deixou escravizar Ô ô Clementina O pagode é o partido popular Sarcedote ergue a taça Convocando toda a massa Nesse evento que com graça Gente de todas as raças Numa mesma emoção Esta Kizomba é nossa constituição! Esta Kizomba é nossa constituição! Que magia Reza ageum e Orixá Tem a força da Cultura Tem a arte e a bravura E um bom jogo de cintura Faz valer seus ideais E a beleza pura dos seus rituais! Vem a Lua de Luanda Para iluminar a rua! Nossa sede é nossa sede De que o Apartheid se destrua Vem a Lua de Luanda Para iluminar a rua Nossa sede é nossa sede De que o Apartheid se destrua. 100 Anos de Liberdade, Realidade ou Ilusão? (G.R.E.S Estação Primeira de Mangueira) Será... Que já raiou a liberdade Ou se foi tudo ilusão Será... Que a lei áurea tão sonhada Há tanto tempo assinada Não foi o fim da escravidão Hoje dentro da realidade Onde está a liberdade? Onde está que ninguém viu? Moço Não se esqueça que o negro também construiu As riquezas do nosso Brasil Moço Não se esqueça que o negro também construiu As riquezas do nosso Brasil Pergunte ao criador (Pergunte ao criador!) Quem pintou esta aquarela Livre do açoite da senzala Preso na miséria da favela Pergunte ao criador (Pergunte ao criador!) Quem pintou esta aquarela Livre do açoite da senzala Preso na miséria da favela Sonhei... Que zumbi dos palmares voltou A tristeza do negro acabou Foi uma nova redenção Senhor... Eis a luta do bem contra o mal! Que tanto sangue derramou Contra o preconceito racial Senhor...(Ah Senhor!) Eis a luta do bem contra o mal (Contra o mal!) Que tanto sangue derramou Contra o preconceito racial O negro samba, o negro joga a capoeira Ele é o rei na Verde-Rosa da Mangueira O negro samba, o negro joga a capoeira Ele é o rei na Verde-Rosa da Mangueira Lenda Carioca, Os Sonhos do Vice-Rei (G.R.E.S Portela 1988) Está fazendo um centenário A Portela em louvação Voa com a liberdade A águia e o negro num só coração Tece versos de amor Que o Vice-Rei sonhou Neste cenário de paixão...(de paixão!) A hora é esta De irmanar a multidão Canta, meu povo! Canta, meu povo! Vem no embalo que a lenda é carioca Canta, meu povo... Vem sambar de novo Canta, meu povo! Canta, meu povo! Vem no embalo que a lenda é Carioca Canta, meu povo... Vem sambar de novo Peripécias do amor, ô ô O Vice-Rei sofreu Foi Vicente quem casou, ô ô O sonho se acabou Suzana, musa deste mar de lama Simplesmente a tua chama Queima o peito de quem ama Valentim, foi ele sim Sim, quem esculpiu A fonte dos amores Recanto tão sutil... Então?! Briga! Eu quero briga! Hoje eu venho reclamar (O que que tem?! O que que há?!) Esta praça ainda é minha Eu também estou fominha Jacaré quer me abraçar Eu quero! Eu quero... Briga! Eu quero briga! Hoje eu venho reclamar (O que que tem?! O que que há?!) Esta praça ainda é minha Eu também estou fominha Jacaré quer me abraçar Eu quero! Eu quero... Briga! Eu quero briga!...