Quero ouvir o grito da gauchada Que tá presente aê! ♪ Quando ouço um resmungo de gaita Se alvorota minha alma campeira E o meu peito já sai cabresteando Gaguejando ao roncar da vaneira Pois recordo de um baile de rancho Com pandeiro e tinido de espora A cordeona gemendo num canto Noite adentro, esquecida das horas Dava gosto de ver o entreveiro E a nuvem do pó que subia Incendiando a noite campeira Bem do jeito que a gente queria Era saia de chita rodando Era moço tinindo as esporas Era véia' perdendo as tamancas E era véio' de língua de fora ♪ Qualquer dia, me enfrasco de canha E me largo batendo na marca Pra um surungo de fundo de campo Que eu sou taura e me agrada a fuzarca Me enforquilho nos braços da china E me perco no meio da poeira Quando estou arrastando as esporas Me esqueço da segunda-feira Dava gosto de ver o entreveiro E a nuvem do pó que subia Incendiando a noite campeira Bem do jeito que a gente queria Era saia de chita rodando Era moço tinindo as esporas Era véia' perdendo as tamancas E era véio' de língua de fora ♪ Dava gosto de ver o entreveiro E a nuvem do pó que subia Incendiando a noite campeira Bem do jeito que a gente queria Era saia de chita rodando Era moço tinindo as esporas Era véia' perdendo as tamancas E era véio' de língua de fora