"Pode ir soltando teu sapucay payano véio, Tu não tá numa vida braba que nem eu, chê" Levantei cedo e tava mateando E o tempo véio se armou pra chover E o rancho véio caindo as paredes Pensei comigo o que é que eu vou fazer Subi pra cima tapar umas goteiras Do velho rancho que tava furado Não é que era Brasilit fino Resbalo e quebro o resto do telhado Vivo sofrendo com esta vida braba Só no lembrar já me dá um arrepio E a chuvarada molhou tudo de onde E além disso de bucho vazio Me preparei pra soltar uma canjica Reparem só que triste situação A galinhada me comeram o mio E por azar me roubaram o pilão E o piazando com esta vida braba Não brincam mais estão desacorçoados Eu sem dinheiro pra comprar um brinquedo E muito menos pra pagar o mercado O bolicheiro não tem compreensão Pois todo dia manda me cobrar Quando eu preciso de cruza na frente Passo de costa pra não me enxergar Baitaca, ô Baitaca -Que que foi, parcero véio? - A conta -Que conta? Se nunca eu te vi na vi na vida, Mas só o que me faltava mesmo