No embalo deste xote galponeiro
Quero prestar uma homenagem
A todos os domadores deste meu Brasil gigante, tche!
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Nosso Rio Grande é capital do domador
Sou trovador e defendo essa profissão
Só tem a crina e o palanque de sinueiro
Sei muntá nu puro pêlo, sem basto e sem pelegão
Boto o buçal e a gueixa sai corcoveando
Chega a ir orneando, credo em cruz, virgem Maria
Finca-lhe a espora que inté chega dá um estouro
E arranca lasca de couro da paleta e da viria
Finca-lhe a espora que inté chega dá um estouro
E arranca lasca de couro da paleta e da viria
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O domador sendo dono tá sozinho
Sem a madrinho num pelado de rodeio
Saindo salvo deixa o resto que se perca
E se a égua se for a cerca derruba cabo de reio
Levanta tonta e o peão muntá de novo
Não tem retovo pra um ginete macanudo
Cabo de mango serve de alfafa pra ela
Finca a espora nas costela e atora com osso e tudo
Cabo de mango serve de alfafa pra ela
Finca a espora nas costela e atora com osso e tudo
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Um peão de estância estropiado de serviço
Garra por vício de domar égua aporreada
Salta pro lombo e se manda campo fora
Só se ouve o tinir da espora, no fundo de uma invernada
Dá-lhe um gritito: Te ajeita bagual crinudo!
Chino beiçudo desce ladeira e peral
Diz o peão véio: Tu te mexe e eu me mexo
Hoje eu te puxo do queixo, te quebro a cabeça a pau
Diz o peão véio: Tu te mexe e eu me mexo
Hoje eu te puxo do queixo, te quebro a cabeça a pau
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Um aporreado veiaqueando é coisa feia
Puxa as oreia e não faz conta do bocal
Baixo a cabeça e esquece inté da manada
E vai abrindo picada no meio do macegal
Dali um poquito o bagual vai se acalmando
Vai se entregando já cansado que dá pena
Esmurecido de tanta espora e mangaço
Mas reconheceu o braço de um domador ventena
Esmurecido de tanta espora e mangaço
Mas reconheceu o braço de um domador ventena
Eu sabia que tu te entregava, aporreado véio