O que que foi, ô meu Rio Grande o que que foi? O que que foi que o nosso povo está mudando? Há muito tempo nem vejo o berro do boi E nem tampouco uma potrada relinchando Nunca mais vi na frente de uma estância Um potro xucro e aporreado corcoviando Nosso ginete pra domar um bagual criado Soqueteia no costado uns dois campeiro amadrinhê Nosso ginete pra domar um bagual criado Soqueteia no costado uns dois campeiro amadrinhê Se foi o tempo que atirava os cargo pra cima do lombo E só tinha os cachorro de parceiro, tchê ♪ Já não sai mais os nossos baile de galpão Que o índio guasca dançava até a madrugada Abandonaram o velho fogo de chão E o chiado da chaleira enfumaçada Já não escuto uma cordeona de botão E uma voz xucra de uma garganta afinada E a juventude que tão dobrando o larcato Só querem dançar em boate e esquecem das campereada E a juventude que tão dobrando o larcato Só querem dançar em boate e esquecem das campereada ♪ Trocaram a gaita pelo teclado e rabeca E eu embrabeço e cada vez mais engrosso Pelo magrinho corcoviando em discoteca Pulam pra cima e acham que entendem do troço Sofro nos queixo por mim que isso leve a breca Por meu Rio Grande sempre fiz mais do que eu posso E até bandinha já tão tocando em mateada E eu soco o toco da espada, vou defendendo o que é nosso E até bandinha já tão tocando em mateada Eu soco o toco da espada, vou defendendo o que é nosso Pra todo o taura da pura cepa Que usa bombacha larga e o chapéu grande na cabeça Que continue mantendo a nossa tradição véia Bata no peito e se orgulhe em ser do Rio Grande, parceiro véio