Moro na beira do mato num galpão de costaneira Tenho a honra e o prazer de levar vida grosseira Pra quem não sabe isso fica a minha terra missioneira Já nasci com o dom divino de honrar nossa bandeira Pra quem não sabe isso fica na minha terra missioneira Já nasci com o dom divino de honrar nossa bandeira Canta um galo no poleiro e me acorda batendo asa Grita a coruja agourenta bem na cumeeira da casa Nas madrugadas de inverno o tempo frio não me arrasa Tem fogo grande no chão e chaleira quente na brasa Nas madrugadas de inverno o tempo frio não me arrasa Tem fogo grande no chão e chaleira quente na brasa De chapeuzito tapeado eu mateio sobre o braseiro De bombacha arrebangada num estilo bem campeiro Enquanto uma vaca mansa berra chamando o terneiro O meu tordilho capicho estramuça no potreiro Enquanto uma vaca mansa berra chamando o terneiro O meu tordilho capicho estramuça no potreiro