Todos os fins de semana Se reune a gauchada Os pingos de cola atada Contando causo e anedotas Espirro no bico da bota Vou saindo a trotezito Todos entreveradito Para o surungo de grota Já grita o dono da casa Indiada cheguem pra cá Vem comadre, vem compadre Que o baile vai começá Esse surungo de grota Não tem hora pra acabar Vão se chegando pras casa Se convidam bem facero Uns vão direito ao pulero E outros atando os cavalos Com meu companheiro eu falo Enquanto ronca a gaitinha Que se não tiver galinha Vamo desnucá o galo Já grita o dono da casa Indiada podem dançá Vem comadre, Vem compadre Que o baile vai continuar Esse surungo de grota Não tem hora pra acabar Esse surungo de grota Vai até o amanhacer Coisa linda de se ver Todo undo entreverado Um indio meio aporreado Começa gostar da festa Quebra-lhe o chappéu na testa E sai dançando arremangado E o gaiteiro João Cruzera Floriando nota por nota Já grita o dono da casa Batendo o taco da bota Ficam todos convidados Proutro surungo de grota