Um dia eu e o meu mano Se resolvemo um passeio Fomos apreciar um baile Lá na Estância do Meio Meu irmão foi num cavalo Que era flor do rodeio Era um tostado castanho Um pingo de bom tamanho E de confiança no arreio Eu fui num cavalo preto De acordo com a noite escura Um pingo solto de pata Que era uma formosura Se eu e mais o meu mano Fizesse alguma loucura Que botasse a vida em jogo Os pingos soltavam fogo Do rompão da ferradura Hahaha loco véio Chegamo lá na fazenda O baile tava animado E lá no galho da figueira Deixemo o cavalo atado Paguemo entrada na porta Entramo entusiasmado Depois penduremo o pala E apartemo um par na sala, ha E dançemo um xote veio largado Meu irmão dançou com a loira E eu dancei com a morena Saí no ouvido dela Chorando que dava pena Meu irmão também com a outra Repetia a mesma cena Nós os quatro agarradinho Parecia dois barquinho Quando as água tão serena Quando foi lá pelas tanta Ficou tudo combinado Pra uma saltar no preto E a outra no tostado Fugimo de madrugada Olhando o céu estrelado Oiga-tê noivado lindo Quando o sol vinha surgindo Chegamo em casa casado Eu disse pra minha mãe A senhora tem visita De hoje em diante mamãe Essas duas senhoritas Lhe obedecem como sogra A Terezinha e a Rita Desculpe a nossa bobage É que homem feio sem coragem Não possui mulher bonita Haha é verdade Confirmo confirmo Mais sobra feiúra e coragem nesses corpo mano véio Mais coragem que feiúra né tchê Haha