Sou eu Sou eu que ponteio a tropa que vem na volta da estrada Sou eu Sou eu que reponto a eguada que vem na frente do gado Sou eu Sou eu de chapéu tapeado sustentando o meu destino, teatino Sou eu Me vou Me vou num grito de venha querendo chamar pra mim Anseios Anseios de não ser fim junto ao fundo do horizonte Me vou Me vou no mesmo reponte, razões pra tanto buscando Tropeando Me vou Assim sou eu e me vou entre o que sinto e o que vejo Coisas da sina do andejo, manhas do índio tropeiro Nesta tropa eu sou ponteiro e o grito de venha é meu Assim sou eu e me vou Assim sou eu e me vou Talvez Talvez num quarto de ronda eu lembre de algo esquecido Talvez Talvez encontre algo perdido no clarão de alguma estrela Que talvez Talvez eu deseje tê-la junto a mim pra ser só minha, rainha Talvez Mas sei Sei que um dia serei tropa no reponte de um sorriso Eu sei Sei que tudo que preciso se resume neste encanto Terei Terei o que adoro tanto e que sempre me faz fiador A minha flor, terei Talvez as coisas que sei sejam muito pouco ainda Mas é por ti minha linda e por algo que a mim me indago Que de tropa em tropa eu vago e o grito de venha é meu É porque assim sou eu e me vou É porque assim sou eu e me vou Assim sou eu e me vou E me vou