É de vereda parceiro Que o golpe firma na trança Se o braço busca a distância No estender da canhada Uma terneira bichada Que achata a cola por conta Ritual gaúcho na estampa Desta querência sagrada É de vereda parceiro Com a bota sempre estrivada Que aparto um boi na invernada Pra garantir o sustento Chapéu tapeado com o vento Num barbicacho apertado E um peleguito virado Nesses fundão mormacento Salta calando parceiro, salta calando Faz um bichinho e afirma a perna no más Soca as esporas e afroxa' a boca do pingo Que a zebuada, sobra pata por demás Salta calando parceiro, salta calando Faz um bichinho e afirma a perna no más Soca as esporas e afroxa' a boca do pingo Que a zebuada, sobra pata por demás E de vereda parceiro Vamo rangindo a carona Num resmungar da chorona N'alguma folga domingueira E a sina por balconeira Faz esbarrar na cancela Pra tira a poeira da goela Num bolicho de fronteira É de vereda parceiro Que a noite vem espiando Junto aos buracos do rancho De uma peleia passada E o vício ronda a indiada Num destorcido com canha Piscando um olho na sanha E metendo sorte clavada Salta calando parceiro, salta calando Faz um bichinho e afirma a perna no más Soca as esporas e afroxa' a boca do pingo Que a zebuada, sobra pata por demás Salta calando parceiro, salta calando Faz um bichinho e afirma a perna no más Soca as esporas e afroxa' a boca do pingo Que a zebuada, sobra pata por demás Que a zebuada, sobra pata por demás Que a zebuada, sobra pata por demás