"Foi bem assim desde cedo E a filosofia é essa Que bem mais taura é quem empeza O dia com pé esquerdo E entre manhas e segredos O meu instinto vagueia Minha alma troca orelha Meu coração escramuça Até parece que pulsa Sangue crioulo em minhas veias" ♪ Vem das bibocas da historia A causa que me aprofundo Quando o mundo se fez mundo Na ânsia demarcatória Que perpetuou na memória Deste meu povo caudilho Coisas que de pai pra filho Botam na forma o consolo E que o rastro de um crioulo É a alma de Dom Emílio Assim no "temblor" das patas Bagualas pátrias nasceram E macharronas cresceram Sendo aos crioulos, "muy" gratas Este é um nó que não desata Por que em cada um se arranja A força que pede cancha Unindo no mesmo açoite Sul e norte, dia e noite Lua e sol, "gato e mancha" E agora frente ao futuro Sinto a mesma ansiedade E não escondo a vaidade Quando encilho o pelo duro Num aparte não me apuro Por que ele sabe o volteio Pois se o boi me faz floreio Um "buen criollo" dá o troco Se arranca e por muito pouco Não me tira dos arreios ♪ Crioulo pingo campeiro Que enche os olhos da gente Na paleteada é um valente Sendo sereno e certeiro Do ginete é um companheiro Um do outro testemunho Agarrados punho a punho São Payador e Guitarra Um ajoja o outro esbarra E sobre patas um só redemoinho Foram zainos e rostilhos Virão picaços e mouros em busca do mesmo ouro Reluzindo o mesmo brilho Marcando bem mais o trilho Onde a beleza é a função Nos mostram que a evolução É a força que nos garante Que o crioulo siga a diante Sem perder a tradição E agora frente ao futuro Sinto a mesma ansiedade E não escondo a vaidade Quando encilho o pelo duro Num aparte não me apuro Por que ele sabe o volteio Pois se o boi me faz floreio Um "buen criollo" dá o troco Se arranca e por muito pouco Não me tira dos arreios Não me tira dos arreios Não me tira dos arreios