O bailão do Maragato era um retoço sem freio Onde o chinaredo xucro matreriava com os arreios A indiada boleava a anca, gritando forma pras loca Que se guasqueavam de lombo, sentindo o ferro na boca ♪ Vinha gente da Reiuna, do Suspiro e do Womboque Do Tiarajú e Vila Gomes, chegava gente de estoque Se mesclavam aos da cidade os que chegavaM da campanha Pra dar um tirão na bailanta, correr china e beber canha Correr china e beber canha Dum lado chuliava o tranco das pinguança do Arrabalde Que nem tortuga de poço esperando o golpe do balde Negro quebra e caborteiro não nasceu pregado ao chão Galopeava uma tropilha de coiceiros no facão De coiceiros no facão Este baile macharrão começava quarta-feira E se dessem boca pra o povo, dançavam a semana inteira Volta e meia se estranhavam e a lenha vinha por cima Peleavam e guardavam as armas e seguiam na mesma rima Este baile macharrão começava quarta-feira E se dessem boca pra o povo, dançavam a semana inteira Volta e meia se estranhavam e a lenha vinha por cima Peleavam e guardavam as armas e seguiam na mesma rima ♪ O chinaredo encruado se alçava de rédea solta E as loca pedindo boca se faziam de revolta Faltava cancha prás véia que atropelavam o vivente Com a estampa sobrando couro e as carretia sem dente E as carretia sem dente Este buchincho era o chão dos que não morrem de raio Onde o rural e o povoeiro dançavam e jogavam o táio Encontro do peão de estância com alguma changa atrevida Do olhar de gato paieiro, peito e anca repartida Peito e anca repartida Este baile macharrão começava quarta-feira E se dessem boca pra o povo, dançavam a semana inteira Volta e meia se estranhavam e a lenha vinha por cima Peleavam e guardavam as armas e seguiam na mesma rima Este baile macharrão começava quarta-feira E se dessem boca pra o povo, dançavam a semana inteira Volta e meia se estranhavam e a lenha vinha por cima Peleavam e guardavam as armas Carcuda! Seguiam na mesma rima