Uma lagarta se escora Sobre uma folha verdinha Depois que come todinha Deixa o talo e vai embora Quando sente que é a hora De fazer meditação Se vira em adivinhão Dependurada demora Se transforma e vai embora Encantada e feminina Borboleta bailarina Ninfa da brisa e da flora La la la la la la la... Numa noite escura há Criaturinhas que vagam Luz acendem, luz apagam Aqui, ali, acolá Transformando um jatobá Numa árvore natalina Brilhantes de pérola fina No pescoço de laia Riscando pra lá, pra cá Sem som, sem rosto e perfume Pirilampo, Vagalume Mosca de Fogo, Uauá La la la la la la la... Balançando em suspenção De fuzil engatilhado Vai e vem desconfiado Tarimbado em traição Na ponta do seu ferrão O gume da baioneta O fogo da malagueta E a quentura de um tição Mestre cavalo do Cão Tranca-rua e traiçoeiro Marimbondo fuzileiro Do quartel de papelão La la la la la la la...