Minha jangada Eu batizei majestade E por gozar tempestade O pano é bem amarrado Minha jangada Eu batizei regalia E por gozar ventania O pano é bem amarrado No mar salgado Range, embica, pende e salta Toda vez que a maré alta Namora o vento exaltado Mas a brisa por ser carinhosa É quem mais tem castigado Minha jangada Eu batizei água benta Para os balés na tormenta O pano é bem amarrado Tenho enfrentado Assédio dos tubarões Bombardeio dos trovões Coices do mar revoltado Sou condenado Ao vazio da calmaria As lágrimas da chuva fria E a regressar sem pescado Mas a brisa A brisa por ser carinhosa É quem mais tem castigado A brisa por ser carinhosa!