Bom dia seu crente desgraçado Preconceituoso e nojento Tu me odeia porque eu falo errado Sou fodido de grana e uso sempre a mema roupa Jamais carregaria a minha mala imunda Com retalho de fio e ferramenta usada E ainda acredita em meritocracia Diz que veio de baixo, vai te foder Quero dizer: Bom dia, senhor! Você possui uma bela cobertura Mas que calopsita adorável Trancafiada e esquecida numa gaiola Você possui filhos maravilhosos Cristãos e estudantes de colégios bons Que custam por mês o que eu ganho num ano Fazendo serviço pra reaça escroto Eu não tô com nenhuma brincadeira A porra do preço é esse aí memo Mas óbvio que você vai pedir desconto Mesmo sem precisar só pra me desvalorizar Tua classe mesquinha sei identificar Dá licença que eu vou transformar Essa casa gigante em um palácio Enquanto eu escuto tuas palavras difíceis Pondo a culpa nos pobres pela desgraça do mundo Continua esculachando os teus subordinados Que eu continuo fingindo não ser um deles À propósito muito obrigado pela xícara de café Claro que eu quero açúcar, seu imbecil! Já terminei essa presepada, que não mudou em nada a porra da tua vida Só gastou dinheiro que não te faz falta, afinal manter herança foi seu grande mérito Muito obrigado por pagar em cheque Eu tô tão feliz que eu quero te esmurrar Vou com certeza ser barrado na porta giratória do banco Pra sacar essa merda Defende aí teus interesses da tua forma Que agora consciente eu defendo os meus Em cada proletário germina o ódio À sua classe arrogante e manipuladora Nós vamos se juntar e acabar com essa porra