Nasce, cresce, morre e some pra já vir outro no lugar E alimentar as engrenagens de uma máquina que te aliena E te educa a ser um otário que obedece e não questiona Que apanha e não revida Qual é o sentido de viver, mundo moderno? Felicidade parcelada no cartão? E quem tá às margens? Vai pra vala? Seleção social moderna Racista e elitista Escolhe com critério e mata Nós passa a vida inteira cuidando e se preparando pra morrer Ser esquecido no tempo, cinza no vento ou órgão pros outros vender Sem olhar pro lado e dar a mão pra quem tá fudido Nós só enxerga o próprio umbigo e o resto que vá se fuder O que a vida então significa se a morte só dói pra quem fica? Do que vale o esforço de se matar pra viver? Prefiro ser um fracasso mas ainda ser eu Sem orgulho de nenhum privilégio que o sistema me ofereceu