Ensanguentado, com frio, fome e todo fudido Fratura exposta e pneumonia Superlotação, sufoco, desespero Acordado e sentindo dor o dia inteiro Dieta programada, corpo etiquetado Longe da família desde que nasceu Confinado e torturado à chute e choque elétrico Cumprindo pena sem ter feito porra nenhuma Vai morrer agonizando e só Dinheiro primeiro, e a gente aprendeu Consumir bastante, é assim que eles gostam Produz de tudo e não receber nada E qualquer merda vale mais que uma vida Que a minha ou a tua Atitude execrável Liberdade questionável E nenhum de nós nunca se perguntou 'O que?', 'Quando?' ou 'Por quê?' Simples assim tu aceita, pode jogar no teu prato pra comer Muito além da exploração, muito além do que tu vê Dor, sangue e solidão embalado pra vender 'O que?', 'Quando?' ou 'Por quê?' Eternamente tu aceita essa merda e tá fadado à obedecer Ignora a exploração, vira a cara pra não ver Dor, sangue e solidão embalado pra vender Embalado pra vender