O que será de mim sem tua fala? O que será de mim sem tua prosa? O que será de mim sem teu poema? Tua frase, teu dilema, tão humana voz de Deus Que vive a pôr detalhes na minh'alma E preces nos meus olhos, quando choram Põe flores no jardim quando é inverno Alegria nos meus verbos Quando a dor se acende em mim Quem me dera ter na fresta da janela Esta luz que se desprende de tuas mãos Refletido nas palavras que organizas Deus nos fala pelos cacos de um vitral Tão Adélia, Deus me olhou nos olhos dela E ensinou-me a eternidade desejar E no tempo dos seus verbos, fez morada Que nos calam, pondo a vida pra falar ♪ O que será de mim sem tua chama? Que chama o que de mim não sei o nome Dissolve o meu silêncio com palavras Pela fé iluminadas, clareando a escuridão Eu vejo em tua voz um tom de eterno Estrada oferecida a quem não tem Destino de chegada ou de partida Um bilhete de acolhida para quem não tem ninguém Quem me dera ter na fresta da janela Esta luz que se desprende de tuas mãos Refletido nas palavras que organizas Deus nos fala pelos cacos de um vitral Tão Adélia, Deus me olhou nos olhos dela E ensinou-me a eternidade desejar E no tempo dos seus verbos, fez morada Que nos calam, pondo a vida pra fala Quem me dera ter na fresta da janela Esta luz que se desprende de tuas mãos Refletido nas palavras que organizas Deus nos fala pelos cacos de um vitral Tão Adélia, Deus me olhou nos olhos dela E ensinou-me a eternidade desejar E no tempo dos seus verbos, fez morada Que nos calam, pondo a vida pra fala