Este sou eu Na calma da poesia Na ânsia da euforia Na dor do esquecimento Ou na flor do entendimento Este sou eu Filho das cruéis tormentas Mas também das águas lentas No sepulcro da vaidade Ou no crepúsculo da verdade Este sou eu Sou luz de origem clara Sobreo de origem rara Sou céu, sou chão, sou tempo Sou brisa, mas também sou vento Sou servo da divina graça A vida conquistei na raça Se agora eu navego lento É porque o mar eu já venci por dentro Este sou eu No verbo que me conjuga Na lei que me promulga Na escolha que me define Ou no conceito que me previne Este sou eu Fruto das profundas razões Mas também das rasas ilusões Sobre o véu do que me cala Ou sob a força do que fala Este sou eu Sou eu Sou eu Sou eu Este sou eu Sou eu Sou eu Sou eu Este sou eu Sou eu