O vento varre as velhas ruas Da nossa linda capital O vento leva o barco ao longe E arrasta as folhas no quintal Pois ele sabe que é outono E à tarde traz o seu sinal Desenha um universo novo Nas nuvens brancas do varal O vento sobe uma colina Assobiando uma canção Ele atravessa uma avenida Depois da antiga estação O vento desce uma ladeira Abraça o velho casarão Depois visita uma favela E alegra o triste coração Quem sabe de onde vem o vento? Quem sabe para onde vai? Assim é todo o que é nascido Do Eterno Espírito do Pai O vento corta as verdes ondas Do nosso belo e imenso mar Espalha flores e aromas Faz a floresta se agitar O vento traz um pensamento Ao escritor a meditar Levanta o leve passarinho No seu desejo de voar Quem sabe de onde vem o vento? Quem sabe para onde vai? Assim é todo o que é nascido Do Eterno Espírito do Pai Quem sabe de onde vem o vento? Quem sabe para onde vai? Assim é todo o que é nascido Do Eterno Espírito do Pai Assim é todo o que é nascido Do Eterno Espírito do Pai Assim é todo o que é nascido Do Eterno Espírito do Pai