Carretel de linha nova, tesoura, vareta e cola Meu papagaio de seda eu mesmo fiz. Manhã de sol, céu azul, tem uma brisa lá fora. Tomo um café correndo e vou Quem é que sabe do vento, se vai dar o ar da graça. Em que direção eu devo esperar? Chamar o vento eu chamei, mas de menino se aprende, Que ele sopra onde quer! Queimei a pele de cara pro sol, Minha retina fartou-se de azul Tornei-me Amigo do vento, me inclinando aos seus caprichos. Voa minh'alma qual pipa de seda, Pois teu destino é deixar-se levar Quando O Espírito sopra segredando ao teu ouvido.