Eliã Oliveira - Providência No meio do deserto, sem amigo e sem teto Ela anda e vai, vai, vai Com um bocado de pão e um odre de água Ela anda e vai, vai, vai Sem ter pra onde ir e nem onde ficar Parecia sozinha sem ninguém pra ajudar Era assim que Agar e o seu filho Ismael Caminhavam errantes sob olhar do céu Andaram muitos dias, em meio ao calor Comeram todo o pão e a água acabou Não tinham mais sustento para os alimentar Parecia o fim que estava a chegar E consumida toda água do odre Agar deitou o menino debaixo de uma árvore E se distanciou dele E já quase sem forças Mas protegido pela sombra daquela árvore Quem sabe Ismael chorou E Deus ouviu a voz do menino E enviou-lhe um anjo que Bradando a Agar lhe disse assim Agar, não te preocupas com isso Não temas porque Deus ouviu a voz do menino Abriu-se os olhos e ela enxergou a fonte de água Que Deus lhe mostrou Deu água ao menino e bebeu-a também Renovou as forças pra ir mais além Deus age assim não dá pra explicar Permite que tudo venha se acabar Você ora e chora e Deus chega na hora Ele tem pra te dar Eu tenho água, Eu tenho pão, Eu tenho graça Eu tenho salvação Eu tenho vida, tenho surpresa, Eu tenho providência Hoje aqui pra minha igreja Não acabou ainda tem mais Esse deserto não vai te matar jamais Chama por mim, clama Meu nome Pois por você no deserto eu crio fonte Eu sou o Deus que falo contigo Descansa em mim pois Eu sou o teu amigo Não se desesperes você não irá morrer Ainda tem muita coisa que você irá viver Ora que eu te ouço, ouço e atendo Atendo e faço, faço e surpreendo Surpreendo a terra, a terra me escuta Faço do deserto um grande rio sem cair chuva Contempla a vitória, a vitória é certa Certa pra quem busca, busca e espera Teu futuro é grande e já é certo Porque tenho pra você Providência no deserto No deserto Providência no deserto