Todo dia ele vem, leva um pouco de mim Todo dia eu me aprumo e finjo que não No espelho estampado o anúncio do fim Mas não lhe dou atenção Cada dia que passa ele ganha a batalha Mas eu me deslembro e recuso a mortalha Se as ondas sonoras só buscam o novo Eu quero de novo cantar Há tempo pra tudo mas nem sempre entendo O tempo que é certo aos olhos do Eterno Há tempo pra tudo dizia o sábio Mas nem sempre o tempo que eu tenho me basta Os dias se passam em vã narrativa Com ecos de histórias que vão e que voltam Mas nesse reprise o que passa de novo De novo nada tem Se o tempo presente é vivido na espera De contentamento que está no futuro Se perdem a chance de entrega e de fé Na graça que nos mantém Há tempo pra tudo mas nem sempre entendo O tempo que é certo aos olhos do Eterno Há tempo pra tudo dizia o sábio Mas nem sempre o tempo que eu tenho me basta Mas se eu vivo intensamente Eu deixo para trás memórias que nada, Ninguém vai apagar Há tempo pra tudo mas nem sempre entendo O tempo que é certo aos olhos do Eterno Há tempo pra tudo dizia o sábio Mas nem sempre o tempo que eu tenho me basta