Cada eu sou lírico muda a questão do físico No Brasil quem que opera não se vê na estratosfera A Milianos domam planos de milhões Quem dera, dirá dará lero leva uma leva Em frente aos cardeais nos sete pontos cardeais Sem crise, só eu e tu com registros reais Mono bloco de pessoas que pensam iguais No propósito de aumenta bem mais Quem fala de crime no real crime não vê Se eu falar do que vivi tu não vive pra ver E só uma vez que o sol gira pra você A vezes que falto o coberto pra aquecer Na friagem tudo ataca, até a falta do nada Xeque-mate, aflição com a alma roubada Atacadão de pessoas na calçada Penhorando o senso em busca da sacada Quer ver o sol nascer e se não for dentro de ti Regredir, vazão, forma um vácuo em si Se permitir voar, mostra o passo a seguir Denominar a razão além daqui Se gera função, se vão por se sentir Viajei na imensidão busquei o som que omiti Só segui pra ver as crianças sorrir Oferenda, agradece esse som que ofereci É regra de etiqueta Tenta pensar sem sua tribo Treta, né Tenta ver a entidade por trás da caneta Eu vim com o humor de Suassuna Com o ouvido de Van Gelder Não pra agradar uma lacuna Dos bandidos sem revolver Eu atravesso esse fio Sou obstáculo, tio Inverto funções, domino o medo O vento é sabido, o frio Bem lido com esse fortuito Mal digo boa sorte e fico Não sinto pena de bico Condena a corte e quem é rico Me vi na sala dos caras Papéis induzem que eu assine Não assino Convenci-me a não ser ruim, desde menino Nem dentro desse cassino Com terno e sapato fino Fará a cabeça de quem Entende liberdade e destino Sem alarde É um pouco tarde pra fazer caridade Covarde é não aproveitar De ser uma celebridade Na ceia farta há coragem Fome de banalidade Onde o pior não é não saber É não saber que não sabe