Moço, esse vento que ali Tirou meu chapéu, balançou meu cordão É o sopro do fole de festa que aqui Chegou do sertão É nota tão clara bem na minha mão Apertando os baixo do meu coração É tudo que eu deixo pra trás sem mais não No seco do chão E eu sou passarinho sem casa Mexendo a asa, eu vivo no mundo Mas não sou daqui Pinga um pouco de água quando Não consigo mais voar Passo o trabaio', a boiada É pousar na viola e tocar um modão Não me diga que não gosta, não Não me diga que não gosta, não ♪ Moço, esse vento que aqui Beijou meu cavalo na beira do mar É o canto-seresta de quem já passou E tá pra voltar É o sopro que acende a máquina do rio Que vê, lá do fundo do nosso Brasil Quem viu, quem cantou Quem chorou, quem sorriu, falou e subiu Ê, é ferro, é fogo, é pisada, é vaquejada Ô, boa-nova, notícia, clarão Eu já tenho em minha mão A senha, a cela e o esporão O alazão a esperar o sertão virar mar O mar acender em fogo, então É o fim, é o início, eu cantei É a festa da volta do rei