Lá nos confins do meu norte no chão da velha Bahia Baiano de muita raça veio do nada e sobia Tinha casa na cidade, armazém e moradia Fazenda com muito gado que de vista se perdia Um baú com prata e ouro Aumentava seu tesouro, sua fortuna crescia Sofrendo do coração a morte lhe perseguia Igual um bravo gigante da luta ele não corria Quando saia de viagem sua esposa prevenia Eu vou fazer um pedido se longe eu morrer um dia Não me deixe em outro estado Eu quero ser enterrado no chão da minha Bahia ♪ Se você não lhe atender por maldade ou tirania Você pagará com juros o preço da covardia Por isso a longa viagem o baiano não sabia O calendário da morre estava marcando seu dia Ele morreu na batalha, foi um herói sem medalha Triste fim, não merecia No coração da viúva só maldade residia A ingrata nem rezou missa de sétimo dia Pensando que muito breve com outro se casaria Aquele grande tesouro nem Deus do céu destruía Com atitude desumana, dizia fera tirana Isso mesmo que eu queria ♪ Castigo vem a cavalo, ligeiro igual ventania Armazém desceu as porta sumiu toda freguesia Bateu doença no gado toda boiada morria Igual o gelo no Sol a fortuna derretia A mulher virou farrapo Embrulhada em velhos trapos teve o fim que merecia