No céu sem cor, alguém que surge Sem dor, sem dor, clareia a nuvem Repousa só, o colibri Olhos fechados no seu jardim A gota vem pintar a folha Que dança porque sonha E por raiar, a lua marfim Faz deitar sua sombra em mim Morre o sol, sobe vagarosa A lua, sua esposa Dorme debruçada no ar E nem sabe o que a faz brilhar Quem não te vê, tão grande e doce Não pode ter amor Nem um galho triste da flor A prata musa do cantor Saberá a branca luz da pele Que o dia amanhece? Lua lilás, me abraça Antes da vida despertar Lua que molha a primavera Faz luzir minha espera Lua solar, me acenda Lá vem vindo a minha estrela