Todo sangue Tupinambá vai ser invocado à se autodeclarar E nóis pode criar um desequilíbrio no país todo Se nóis balançar o Maracá e invocar de uma vez E é invocar todos os índios que foi retirado de suas aldeias E criado nas senzalas, nas favelas, nas cidades Que não sabia a origem mais de seu povo Todo mundo que tem sangue indígena nas capitais Nas cidades, vai se autodeclarar Então a próxima década Não vai ser os índios da floresta reivindicando Vai ser os índios da cidade dizendo Eu sou, tal povo e eu quero meu espaço aqui Ao deitar no centro que divide as energias Sinto cidade, metade agonia Sinto mata, inteira carinho Banhado de sol escorre de mim o mal Limpeza de Jurema é pros filho do sal Visualizo em minha mente feito um coral O cantar dos parente potente que só Maracá que bate em terra de Caiçara É resistência de quem sara com essa história de cidade primária Fundada em cima de guerra Glorificada em notícia diária (segurança) Sinto a cura nas conexões entre os povos E não tem haver com os nossos e sim Com os que já se foram Firmo o ponto pra que ainda me vejam E caso me reconheçam sintam o peso do jeito De andar pela cidade feito simples Onde o ego habitado é Guinnes Quintal de praia dos Tupiniquins e dos Guaranis Tupinambá também tá aqui Mas é mais inteligente reconhecer só um povo por estado Assim fica mais fácil de extinguir os outros Que também tem habitado Respeita se não o efeito é o fim de ti E é o fim de tudo Tudo aquilo que antigamente fazia sentido Hoje, só sobrará o que há de ser sentido Caso contrário aceite o princípio Nós quem reina aqui Feito o reino dos invisível Só encantado nisso Fico, digo e repito Nós quem vai reinar esse novo ciclo Sou dono da cidade Sou dono da mata Habito na cidade Pertenço à mata (pertenço à mata) Foi como um sopro dos encantados A terra sem males Descemos o norte Rio afora aflora na costa A flora? Palmeira de todos os tipos Obra de Tupã com a mão dos Tupinambá Muito antes do Guiness Jardim de Palmeira feito à mão dos guerreiros daqui Não sou os teus Santos Sou cria, de Santos Neto da Bahia de todos os santos Desde sempre sou 13 Povo dos que não temem Amem Pindorama, retomem Vou ouvir os teus prantos Vermelhos? Meus mantos Devolvam