No centro da sala, diante da mesa No fundo do prato, comida e tristeza A gente se olha, se toca, e se cala E se desentende no instante em que fala ♪ Cada um guarda mais o seu segredo A sua mão fechada, sua boca aberta O seu peito deserto, a sua mão parada Lacrada e selada, e molhada de medo Pai na cabeceira, é hora do almoço Minha mãe me chama, é hora do almoço Minha irmã mais nova, negra, cabeleira Minha avó reclama, é hora do almoço, ê ♪ Eu ainda sou bem moço pra tanta tristeza Deixemos de coisa, cuidemos da vida Senão chega a morte ou coisa parecida E nos arrasta, moço, sem ter visto a vida Ou coisa parecida, Aparecida Ou coisa parecida, Aparecida Ou coisa parecida, coisa parecida Ou coisa parecida, Aparecida