Eu vou pra Lua Eu vou morar lá Vai no meu Sputnik Do campo do Jiquiá Eu vou pra Lua Mamãe eu vou morar lá Vou no meu Sputnik Do campo do Jiquiá Já estou enjoado aqui da terra Onde o povo à pulso faz regime A indústria, o roubo, a fome, o crime Onde os preços aumentam todo dia O progresso daqui à carestia Não adianta mais se fazer crítica Ninguém acredita na política Onde o povo só vive em agonia Eu vou pra Lua Eu vou morar lá Vai no meu Sputnik Do campo do Jiquiá (Diz) Eu vou pra Lua Mamãe eu vou morar lá Vou no meu Sputnik Do campo do Jiquiá (Diga lá Elba) Lá não tem juventude transviada Os rapazes de lá não tem malícia Quando há casamento na polícia É a moça quem é sentenciada Por acaso a dona for casada Trair o marido a coisa é feia Ela pega dez anos de cadeia E o conquistador não sofre nada Eu vou pra Lua Eu vou morar lá Vai no meu Sputnik Do campo do Jiquiá Eu vou pra Lua Mamãe eu vou morar lá Vou no meu Sputnik Do campo do Jiquiá Na lua não tem nome abreviado Ipsep, ipase nem casepe Nem ipep, nem cpmf Nem há contrabando de mercadoria Lá não falta água, não falta energia Não falta hospital, não falta escola É fuzilado lá quem "come bola" E morre na rua quem faz anarquia Eu vou pra Lua Eu vou morar lá Vai no meu Sputnik Do campo do Jiquiá Eu vou pra Lua Mamãe eu vou morar lá Vou no meu Sputnik Do campo do Jiquiá (Uh!) ♪ A ema gemeu no tronco do jurema A ema gemeu no tronco do jurema Foi um sinal bem triste, morena Fiquei à imaginar Será que é o nosso amor, morena Que vai se acabar A ema gemeu no tronco do juremar A ema gemeu no tronco do juremar Foi um sinal bem triste, morena Fiquei à imaginar Será que é o nosso amor, morena Que vai se acabar Você bem sabe que a ema quando canta vem trazendo no seu canto um bocado de azar Eu tenho medo, pois acho que é muito cedo, muito cedo meu benzinho pra esse amor se acabar Vem morena Vem, vem, vem Me beijar Me beijar Dá um beijo Dá um beijo Pra esse medo Se acabar (Vem) A ema gemeu no tronco do jurema A ema gemeu no tronco do jurema Foi um sinal bem triste, morena Fiquei à imaginar Será que é o nosso amor, morena Que vai se acabar Você bem sabe que a ema quando canta vem trazendo no seu canto um bocado de azar Eu tenho medo, pois acho que é muito cedo, muito cedo meu benzinho pra esse amor se acabar Vem morena Vem, vem, vem Me beijar Me beijar É, dá um beijo Dá um beijo Pra esse medo Se acabar Vem morena Vem, vem, vem Me beijar Me beijar Dá um beijo Dá um beijo Pra esse medo Se acabar Vem morena Vem, vem, vem Me beijar Me beijar Dá um beijo Dá um beijo Pra esse medo Se acabar A ema gemeu no tronco do jurema A ema gemeu no tronco do juremar (Uh!) Homenagem à Jackson do pandeiro