Era uma vez um menino do interior que na década 30 nascia lá em Magé Com aquelas pernas tortas quem um dia acreditou Em tudo o que faria com a redonda no pé Quem diria que traria alegria pro torcedor Que seria inventor da magia, do olé Dono da camisa 7 a qual ele eternizou, genial e genuíno esse era Mané Pode vim tentar roubar a bola, só que não Não sei o seu nome então te chamo de João Duas Copas no bolso e ídolo do Fogão Se é Copa ou terrão, ele nunca senti a pressão Meteu 3 gols na estreia pelo Bota Jogava alegre, qualquer um ele entorta Assistência, gol de falta de cabeça e de canhota Esse é Garrincha, o eterno Anjo das Pernas Tortas É o Mané Garrincha que dribla, capricha, te deixa no chão Com a bola no pé foi artista fez o Brasil ser campeão Não foi só uma vez, foi em 58 e 62 de novo Esse é o Mané que com a bola no pé é Alegria do Povo Ele tá na Seleção de todos os tempos da Copa Jogando com o Brasil tem apenas uma derrota Ei tempo vê se volta pra gente ver Mané Formando aquela dupla imbatível com Pelé Quem viu, viu, foi privilegiado Em 62 foi sua Copa conduziu a Seleção Com assistências, com os gols, com os dribles Como craque do torneio e com a taça na mão Agora consagrado, na Itália era visado Queria ter jogado, mas seu passe foi aumentado E seu joelho machucado já fazia efeito Era pra ter tratado mas não fizeram direito Garrincha nunca ligou muito pra dinheiro fama Era feliz, e aproveitaram do seu brilhantismo Nem percebeu quando sua vida virava um drama Driblou geral só não driblou o alcoolismo Aí Mané você nos deixou muito novo Logo você que era a alegria do povo 49 é muito jovem e isso dói Só quem em nossa memória Garrincha sempre será herói É o Mané Garrincha que dribla, capricha, te deixa no chão Com a bola no pé foi artista fez o Brasil ser campeão E não foi só uma vez, foi em 58 e 62 de novo Esse é o Mané que com a bola no pé é Alegria do Povo