Antes de atirar o vaso na TV Eu ouvi o que ela dizia Quando não houver mais amanhã Será um belo dia Estranha coisa pra se dizer antes de dizer Os números da loteria Mas é assim que eles fazem E fazem muito bem E nós não fazemos nada, nada, nada, nada além Além do mito que limita o infinito Além da cegueira, dos guardas da fronteira Além do mito que limita o infinito Além da cegueira, dos guardas da fronteira Dos guardas da fronteira ♪ Antes de atirar minha TV pela janela Eu ouvi o que ela dizia Quando não houver mais ninguém Será um belo dia Estranha coisa pra se dizer antes de vender Mais mercadoria Mas é assim o mundo que nos cerca Ele nos cerca muito bem E as crises e cicatrizes não nos deixam ir além Além do mito que limita o infinito Além da cegueira, das barreiras das fronteiras, oh Além do mito que limita o infinito Além da cegueira, das barreiras das fronteiras Das barreiras das fronteiras ♪ Foi então que eu resolvi jogar As cartas na mesa e o vaso pela janela Só pra ver o que acontece na vida Quando alguém faz o que quer com ela Acontece que eu não tenho escolha Por isso mesmo é que eu sou livre Não sou eu o mentiroso, foi Sartre quem escreveu o livro Não sou a fim de violência, mas paciência tem limite Além do mito que limita o infinito, é Além do dia a dia que esvazia a fantasia, oh Além do mito que limita o infinito Além do dia a dia que esvazia a fantasia Que esvazia a fantasia Que esvazia a fantasia ♪ Antes de atirar o vaso na TV