Não posso, admito Sou um perdido sem noção Entregue, embriagado Sou cão sem dono e sem razão Vivo num quarto de pensão Que eu alugo dos meus pais Só janto bem depois das dez Pra não ter que encarar ninguém Eu varo a noite, vou além do que eu posso Admito Sou um perdido sem noção Entregue, embriagado Sou cão sem dono e sem razão Vivo num quarto de pensão Abandonado ao Deus dará Que Deus se renda em mi menor Se pá ela vem me buscar Com um beijo, certeiro Do anjo exterminador Sou alvo, perfeito Eu sou do contra, eu sou do não Vivo num quarto de pensão Que eu alugo dos meus pais Só janto bem depois das dez Pra não ter que encarar ninguém Eu varo a noite, vou além do que eu posso