Um, dois, três, quatro O menino fugiu, se perdeu nessas ruas que sabia de cor As palavras ardiam, soavam mais duras do que seu pai lhe ensinou Adiante sujou suas mãos, mas o Senhor lhe perdoou Afinal, a inocência é um pequeno barco que nunca mais volta pro cais E mais tarde foi parar entre as pernas de um amor casual E entendeu que a paixão são fragmentos de amores num velho colchão E um dia Conheceu bons amigos leais, que o ensinaram a mentir E da mentira aprendeu que só se rouba uma história se for pra cantar E chorou com as belas canções de anônimos, poetas de bar E sorriu sem saber onde nascem os dias que ainda estão por vir E por fim, concluiu: Não se atravessa uma vida sem magoar alguém E por fim, concluiu: Não se atravessa uma vida sem magoar alguém