Às vezes você me pergunta Por que é que eu sou tão calada Não falo de amor quase nada Nem vivo sorrindo ao seu lado Você pensa em mim toda hora Me come, me cospe, me deixa Talvez você não entenda Mas hoje eu vou lhe mostrar Eu sou a luz das estrelas Sou a cor do luar Eu sou as coisas da vida Eu sou o medo de amar Eu sou o medo do fraco A força da imaginação O blefe do jogador Eu sou, eu fui, eu vou Sou o seu sacrifício A placa de contra-mão O sangue no olhar do vampiro As juras de maldição Sou a vela que acende Sou a luz que se apaga Sou a beira do abismo Eu sou, o tudo, nada Por que você me pergunta? Perguntas não vão lhe mostrar Que eu sou feita da terra Do fogo, da água e do ar Você me tem todo o dia Mas não sabe se é bom ou ruim Saiba que eu estou em você Mas você não está em mim Eu sou o amargo da língua A mãe, o pai e o avô O filho que ainda não veio O início, o fim, o meio O início, o fim e o meio